Natal Recarga Express

Sim, eu sei, estou há um bom tempo sem postar aqui. Na verdade, a questão é que eu tenho procrastinado esse ato simplesmente pela falta de bom conteúdo para tal. Mas, só pra não sumir do mapa, vou botar esse trabalho que eu fiz há umas duas semanas, pra uma entrevista de emprego.

Imagem: Natal Recarga Express

Softwares utilizados: Illustrator, WhatTheFont (web)

Cliente: Recarga Express

Desafio: Elaborar uma estampa para a camiseta de natal da empresa

Proposta: Antes, uma breve explicação sobre a Recarga Express: a empresa começou como uma franquia de recarga de cartuchos e venda de cartuchos remanufaturados. Depois, passou a vender também acessórios de informática (pen-drives, mouses, etc) e fazer manutenção (e, não tenho certeza, mas creio que também venda) de impressoras. Agora, a dona da empresa resolveu se enveredar no ramo do design gráfico, oferecendo pequenos serviços, como criação de cartões de visitas e estampas de camisetas. Me candidatei à vaga, e o meu teste foi elaborar uma estampa para uma hipotética camiseta de natal para os funcionários. Por sorte eu estava com o meu MacBook na hora da entrevista, pois o computador onde os testes eram feitos só tinha o CorelDraw instalado. Com a permissão de usar a minha máquina, busquei algumas referências na internet e pus a mão na massa (digo, no computador). A proposta é bem simples: distorci a logo original da empresa, deixando-a parecida com um gorro de natal, adicionei um pompom na ponta, uma fonte natalina em cima da logo e estava feito. Os verdadeiros desafios foram 2: o primeiro, achar a logo original. O único arquivo disponível em toda a interwebz é esse:

Sim, nesse tamanho e em formato GIF. Minha saída: tirei uma foto da logo que tinha na porta e passei pro computador. Como pode-se notar, a logo utiliza o lugar-comum do design: CMYK. Então, tudo o que eu precisei fazer foi pegar um simbolo de "Reciclável", ajustar para ficar igual ao da logo e jogar as cores. Depois, joguei a sombra preta e... Quase pronto. Para dar o efeito "gorro de natal", usei o Envelope Distort>Make with Warp>Arc. Para o pompom, uma curva feita na caneta, repeti-la e girá-la algumas vezes, e cobrir o centro com branco.

Enfim, o símbolo passou disso:

Para isso:

Não está completamente igual ao original mas, como a intenção era distorcer, no final, não fazia diferença.

Meu segundo problema foi quanto às fontes. A fonte do "Recarga" até que foi OK, não demorei muito pra achá-la no WhatTheFont, mas a o Express deu mais trabalho, não consegui achá-la, então botei uma parecida do meu catálogo de fontes. A fonte do "Natal" é uma fonte conhecidamente natalina, porém errada. O nome da fonte é Santa Fe, geralmente, ao ver o Santa no nome, quem manja de inglês já associa a natal e usa em tudo quanto é anúncio, cartaz, panfleto, catálogo, outdoors, tatuagens (brinks), e etc, que tenha relação com natal. Meu ponto é: odeio clichês, mas você não deve arriscar muito na frente de quem não conhece pelo menos um pouco. Numa entrevista de emprego, dê PELO MENOS o que o seu(ua) entrevistador(a) quer (obviamente, se possível exceda às expectativas dele(a)), mas não se enverede por campos que não conhece. Exemplo clássico: caso seja uma mulher, elogiá-la para se mostrar simpático e ganhar também a simpatia dela. O que ocorre: ela entende como uma cantada, e já o descarta por assédio.

Enfim, divaguei muito. Meu último problema, já com o trabalho concluído, foi passá-lo para o computador da empresa. Eu estava com meu HD externo, até aí, tudo bem. Mas, por precaução (santa precaução!), resolvi checar se o arquivo (que eu tinha salvo num formato - teoricamente - compatível com Corel Draw) abria no PC que decidiria a aprovação. Nesse quesito, peguei um 7.5/10. Consegui salvar em .dwg (um dos formatos usados, na verdade, em programas de CAD, mas que também roda em Illustrator e CorelDraw) e passar para o CorelDraw (para enfim salvar no formato nativo do Corel, na máquina), mas obtive uma perda de qualidade muito grande, com um efeito semelhante ao visto na imagem abaixo:

A solução foi deixar, junto, um arquivo em PDF, que manteve a qualidade original da imagem.

O resultado final pode ser visto no começo do post. Então, se me derem uma ajudinha comentando, eu fico grato. Cya!

Logomarca Raquel Chocolates

Minha namorada faz chocolates artesanais, bombons e coisas assim (jabá rápido: são uma delícia, provem se surgir oportunidade). Porém, ela precisava de uma logo pras suas embalagens. O primo dela tinha prometido fazer, porém, eu fui pra São Paulo, fiz meus cursos de design gráfico, e acabei fazendo eu mesmo. Enfim, lá vai:

Imagens: Logomarcas Raquel Chocolates
Software utilizado: Illustrator
Desafio: Elaborar uma logomarca para uma empresa de chocolates artesanais
Proposta: Ela queria uma logomarca estilo Vintage, remetendo aos fabricantes de antigamente. Depois de estudar algumas logos, elaborei a primeira. De início, foi feito um Rounded Rectangle como base. Depois, foram feitos vários círculos para criar a estampa, então unidos com Unite (Pathfinder). Depois, ainda no Pathfinder, mais dois círculos foram feitos, agrupados e, com o Minus Front, foi dada a forma final da logo. Depois, um copy-paste, Scale e mudei a cor, alternando para somente contorno, para criar a linha interior à estampa. Por fim, foi feito o texto (Glyphs de Wingdings ao lado da frase "Bombons Artesanais"), e o laço no topo foi feito com caneta. Alternativamente, foi feito uma logo redonda, para ser usada como "selo", nas embalagens.

Narguilé (ou: pra que usar AutoCAD ou 3DStudio quando você tem Illustrator)

Esse trabalho é bem diferente dos tradicionais. Mescla um pouco das minhas habilidades como ex-graduando de engenharia e as de designer gráfico.
Uma coisa bem bacana do Illustrator é que, com ele, você pode fazer alguns efeitos básicos em 3D. Uma das máximas irônicas do design é "Se você não consegue fazer bonito, faça em 3D. Alguns exemplos de logos em 3D são o do Google Chrome e o do VLC Media Player.
Porém, alguns trabalhos mais simples podem, como eu disse, ser feitos pelo Illustrator. A ideia abaixo mostra um objeto que, com linhas simples, pode render um trabalho muito bonito.
Apresento-lhes: o narguilé.

Imagem: Narguilé
Software utilizado: Illustrator
Desafio: Elaborar o desenho de um narguilé
Proposta: Primeiro pensei em fazer o narguilé em fotorrealismo. Uma vez que a superfície transparente do vidro tornaria as coisas bem mais difíceis, e que fotorrealismo não é o meu forte, resolvi brincar um pouco com as capacidades 3D do Illustrator. Basicamente separei as peças em formas e fui elaborando um desenho para aplicar o revolve. O depósito de cerâmica para o fumo, o prato coletor de cinzas, a superfície externa do cano de ligação entre a água e o fumo... E por aí vai. Para o respirador e os bicos, usei o revolve também, do mesmo jeito, porém, tive que encaixá-los propriamente na base metálica e na mangueira. Por falar na mangueira, ela foi o maior trabalho desse projeto: cada segmento azul e marrom é um símbolo, e quem já trabalhou com Illustrator a fundo sabe o horror que é lidar com diversos símbolos de uma vez, ainda mais se forem dezenas. No final da mangueira, abri mão dos símbolos, uma vez que precisaria rotacionar cada segmento corretamente, para que a mangueira se encaixasse no bico. Isso inflacionou ainda mais o tamanho do arquivo, e aumentou a lentidão do computador na hora de trabalhar.
Depois de alguns dias trabalhando no narguilé, e especialmente na mangueira, cansei do projeto e engavetei-o. Depois, resolvi retomá-lo, especialmente para o blog.
Próximo passo: vendê-lo por um preço milionário a uma empresa multinacional de narguilés. Ou não.

Cartão de visitas Moicano Azul

Cara, essa ideia foi difícil de conceber. O maior limitador da criatividade é o baixo orçamento, sem dúvida. A explicação? Logo abaixo:

 

Imagem: Cartão de visitas

Softwares usados: Photoshop, Illustrator e Gerador de QRCode Kaywa (on-line)

Desafio: Elaborar um cartão de visitas para meus trabalhos como freelancer.

Proposta: Quando se é publicitário, designer gráfico e coisas do tipo, é pecado mortal ter um cartão de visitas tradicional. Ao mesmo tempo, um cartão muito elaborado (como esse de tecido ou esse feito com um pregador de roupas) acabam trabalhando contra o profissional, uma vez que não podem ser guardados na carteira, ou em porta-cartões, e são realmente difíceis de se manter alojados com cartões normais (para uma empresa que guarde os cartões dos profissionais com quem trabalha esporadicamente, para contatá-los quando necessário). Além disso, alguns cartões (como esse de aço ou esse de plástico congelado) são caros de se fazer, e mesmo difíceis de se encomendar, uma vez que poucas empresas (ainda mais no Brasil) trabalham com esse tipo de arte.

Logo, deve-se nortear um projeto desse tipo pensando em duas coisas: destaque que ele terá (a reação do cliente em potencial, a probabilidade de que o seu cartão ficará marcado na memória da pessoa) e viabilidade (imagine quanto custa um cartão como o do Steve Wozniak, feito de aço recortado e gravado a laser).

Comecei pedindo sugestões a amigos. Um deu uma ideia muito boa, um cartão com pelos (feitos de tecido) imitando um moicano (azul, obviamente :D). O problema da viabilidade e da capacidade de ser armazenado pelo cliente surgiu como impecilho nesse caso. Algumas outras ideias frustradas depois, vim com a ideia postada acima. É simples, direto, criativo e fácil de ser armazenado.

A ideia inicial veio desse cartão, mas eu resolvi aprimorá-la. Em vez de uma pesquisa no Google, por que não o próprio blog?

Comecei com uma screenshot no tamanho certo. Apesar de não usar o Google Chrome como meu navegador principal, ele é o mais fácil de ser lembrado pelas pessoas, que não reconheceriam a diferença entre os designs de Safari, Firefox e Opera (sim, tenho os 4 instalados no meu MacBook), além do Chrome ser o de design mais clean, combinando com a proposta que eu queria. Sem botões excessivos e firulas demais, não roubando a atenção para detalhes desnecessários, quando ela deve estar voltada para a página na qual se está navegando (ou, no caso do cartão, para a logomarca e as minhas informações de contato).

No Photoshop, apenas alguns ajustes: retirei os links da barra de Favoritos e limpei as barras de rolagem, para simplificar o design. No gerador de QRCode, joguei o link do blog e gerei um código de tamanho grande (o site é bem simples de usar, escolha o tipo de conteúdo - link da internet, texto, número de telefone ou SMS, entre o conteúdo nos campos pedidos, defina o tamanho do código que você quer, e clique em "Generate!"). No Illustrator, inseri minhas informações de contato (posteriormente borrei os telefones, para poder postar aqui), e, na artboard do verso, colei o QRCode gerado e inseri instruções de como usá-lo. Tem gente (na verdade, a maioria das pessoas) que considera importante deixar um espaço em branco no cartão de visitas, de preferência no verso, para que se possa, por exemplo, registrar alguma condição de negociação (quando o cartão é de um fornecedor ou algo assim), ou informações adicionais. Eu acho desnecessário, pelo menos no meu caso. A questão é: passe todas as informações que você precisa, sem causar poluição visual, e pronto. No caso de negociações e etc, eu entendo, mas eu realmente não precisaria de espaço adicional no meu cartão de visitas.

Algumas informações adicionais:

1 - O site de onde eu retirei todos os cartões usados como exemplos foi esse aqui, lá tem algumas outras ótimas ideias de cartões. Algumas, como apontado aqui, são inviáveis se você considerar certos pontos, mas todas são muito criativas (o de carne defumada, por exemplo, é diferente de ABSOLUTAMENTE qualquer coisa que você vê por aí). Só o post principal tem cerca de 100 (não contei o número exato, mas o autor alega ter 100) cartões, e, nos comentários, tem alguns designers, empresas e sites/blogs que listam mais alguns cartões bem interessantes. Não custa lembrar, todos os cartões (tanto os postados aqui quanto os outros no site) são de propriedade de seus autores, então tenha mais decência que o pessoal da agência África e NÃO COMETA PLÁGIO (apesar de os caras da África terem posto o rabinho entre as pernas, depois, e recompensado o cara - que retirou as acusações de seu Flickr).

2 - Informação desnecessária, mas essa moldura azul não faz parte, obviamente, do cartão. A imagem original listava frente e verso lado a lado, e eu achei que podia causar confusão.

Revisão da logomarca - Moicano Azul

Devo admitir: A criação do logo do Moicano Azul não seguiu ABSOLUTAMENTE nenhum critério de design. Então, é passível de que alguém mais entendido do assunto ache as proporções dele meio insatisfatórias. Depois do meu amigo Davi (que já trabalhou com design gráfico, apesar de querer mesmo é ser arquiteto) me dar esse toque, eu passei um bom tempo revisando o formato, e cheguei à conclusão: Faltava um pouco de proporção áurea nele. Auxiliado por uma representação gráfica da sequência de Fibonacci, usei os quadrados de lados 3, 5 e 8 para elaborar a nova logo, que segue o mesmo padrão da antiga, mas com um design mais agradável. Segue a logo nova:

 

E a antiga:

Aproveito pra esclarecer também algumas outras coisas: a fonte usada no logotipo é a Hobo Std Medium (Helvetica Bold em Versalete, para o aviso de Copyright), e as cores usadas são CMYK 90-70-0-0 para símbolo e logotipia (aquele triângulo no canto inferior direito serve como referência), e CMYK 90-70-0-50 para o contorno do logotipo.
A prova final foi algo que eu recomendo que TODO designer gráfico faça com um trabalho, antes de enviá-lo para o cliente como versão definitiva: submeter a alguém completamente leigo no assunto (no meu caso, foi minha avó). Com a aprovação dela, o processo estava encerrado.
A logo nova já pode ser vista no título do blog e no meu cartão de visitas (que será postado logo menos).
Por último: finalmente alterei o favicon do blog (aquele ícone que fica do lado do endereço do site, no navegador), do padrão do Blogger para o símbolo do Moicano Azul. Supimpa, não?

Nascer do Sol - Espigão da Praia de Iracema

Esse post será um pouco diferente. Além de designer gráfico, eu gosto de tirar umas fotos legais de vez em quando (e quem não gosta?). Não tenho a prepotência de me chamar fotógrafo amador nem nada disso, a questão é: quando você tem um aplicativo que adiciona efeitos decentes às fotos do seu celular automaticamente, você fica tentado a usar esse potencial tanto quanto puder. E foi o que eu fiz. Depois de uma noite com alguns amigos, fomos assistir ao nascer do Sol na praia - mais especificamente, num espigão na Praia de Iracema, um destino turístico certo aqui de Fortaleza - seguem as fotos. Elas não possuem nenhuma pós-edição, os efeitos aplicados todos são do próprio aplicativo da câmera. Para ver no tamanho original, é só clicar na foto desejada.

Efeito: Filtro LOMO Ciano (a imagem é escurecida - mais nas bordas, menos no centro - e tem a aplicação de uma camada semitransparente de cor ciano pura sobre a foto)

 Efeito: HDR Full (três fotos: uma superexposta, uma subexposta e uma com exposição média, o programa mescla elementos de cada imagem para uma riqueza de detalhes que ultrapassa a linha da artificialidade, ao mesmo tempo que é mais fiel à imagem do olho humano do que uma foto não tratada)

 Efeito: HDR Light (diferente do HDR Full, esse "preserva a hierarquia das cores", não adicionando brilho excessivo a elementos que estão mais próximos da câmera)

 Efeito: HDR Full (a riqueza das cores ficou tão magnífica nessa foto, que eu não podia deixar de incluí-la no post)

 Efeito: Sonho (leve desfoque e diminuição de contraste, como sugere o nome, é como se a imagem tivesse sido retirada de um sonho)

Efeito: Comercial (Uma leve melhora no contraste e filtro de auto-tom, como se a foto tivesse sido editada com Photoshop para ser usada em um anúncio publicitário)

Obviamente não possuo grandes talentos de fotógrafo, como enquadramento perfeito, mão firme, entre outras coisas, e fotos de celular, por melhor ou mais tratadas que sejam, nunca possuem a qualidade de uma câmera profissional. Logo, as imagens são só uma expressão mais aguçada da minha criatividade (com alguma licença poética), para mostrar que sou mais do que apenas designer gráfico.

Se interessar a alguém, o aplicativo utilizado foi o Camera 360 Pro, que pode ser comprado por aproximadamente R$6,65 (alteração no preço sujeita à flutuação na cotação do dólar no dia), no Android Market. Naturalmente, o aplicativo só roda em celulares com sistema operacional Google Android.

Encarte Elecell

Imagem: Catálogo da loja Elecell - Capa (clique na imagem para ver o catálogo completo, clique na borda das páginas para virar)
Softwares utilizados: Photoshop, Illustrator e InDesign
Cliente: Elecell Eletrônicos
Desafio: Compor um encarte para uma loja de eletrônicos e celulares
Proposta: Além do encarte impresso, foi feita uma prévia em Flash. Para o tratamento das imagens, foi utilizado o Photoshop para remover os fundos brancos. A logomarca, o "suporte" dos produtos com as 3 cores da identidade visual, e os ícones usados nas descrições, foram feitos usando o Illustrator. Por fim, o trabalho editorial foi feito pelo InDesign, onde foi definido o layout do encarte, e feita toda a diagramação. Por fim, o trabalho foi exportado para um arquivo em Flash usando o próprio InDesign.

Campanha leite Aurolat

Imagens: Campanha de mudança da identidade visual Aurolat, com projeção de possível outdoor
Softwares utilizados: Photoshop e Illustrator
Cliente: Aurora Alimentos (detentora da marca Aurolat)
Desafio: Amplamente conhecida no mercado de carnes, a Aurora Alimentos desejava promover sua marca de laticínios, Aurolat, que, além do leite, também inclui iogurtes, queijos, manteigas e etc.
Proposta: A ideia inicial do cliente era tentar desvincular a marca da associação com produtos para churrasco. Posteriormente, foi proposta uma mudança na linha de pensamento: em vez de desfazer essa associação, reforçá-la. No caso específico do leite, propusemos a implementação de um reservatório de poliuretano (material utilizado para armazenamento de líquido em condições que exigem muita resistência, como, por exemplo, camelbaks, mochilas utilizadas por atletas, que contêm um reservatório de água feito de poliuretano, em seu interior), que poderia ser utilizado para, por exemplo, jogar água ou álcool na churrasqueira, guardar molhos como o chimichurri (muito popular em churrascos no sudeste), entre outros.
A aparência externa da embalagem foi redesenhada para, além de comportar melhor o reservatório de poliuretano, se tornar mais fácil de ser manipulada pelo cliente.
Diversas técnicas foram utilizadas na criação dos cartazes. O primeiro, que seria afixado em pontos de venda e veiculado em revistas e jornais, traz um formato verticalizado, mais conveniente para esses usos. O segundo, que seria utilizado no formato de outdoor, traz um espaçamento maior entre os componentes do anúncio, que torna a leitura mais agradável. Esse espaçamento foi possível devido ao fato de que, ao reduzir os componentes, eles não teriam sua legibilidade comprometida, uma vez que estariam num espaço de 9 por 3 metros (tamanho convencional de um outdoor).
Na primeira embalagem (normal), foram usadas técnicas de Gradiente (fundo claro, tampa e nuvens), caneta (para a composição das formas em azul escuro, que depois foram copiadas para as cores laranja e amarelo, finalizando a base da embalagem). Os símbolos Aurolat e Aurora foram extraídos do site da empresa, e revetorizados para sua aplicação nos trabalhos. Para os logotipos, foi encontrada uma fonte similar, e, com a ferramenta Create Outlines, o texto foi retrabalhado para permanecer fiel à fonte original. As nuvens foram criadas utilizando o Unite (Pathfinder/Unite) em várias elipses e depois, como já citado, Gradiente. Uma visão em perspectiva da embalagem também foi criada, e foi essa visão que foi usada na segunda imagem (translúcida). Os elementos gráficos da embalagem foram descartados, restando somente as formas básicas, que tiveram sua opacidade reduzida. Uma simulação do reservatório reutilizável foi desenhada usando Caneta, Elipses e Gradiente, sendo então adicionada por trás da embalagem.
A tarja de madeira utilizada nos anúncios foi feita utilizando-se um fundo marrom claro, que depois foi pulverizado com pontos marrom-escuros, e, por fim, foi aplicado Motion Blur, no Photoshop. O fundo branco original da imagem do leite foi removido com Magic Wand, e, por fim, foi criada a secção branca onde ficam as logomarcas e, no anúncio em outdoor, o site da empresa. Somente no outdoor, foi aplicada uma Drop Shadow na secção branca.

Nota: Algumas partes desse trabalho, em especial o layout da embalagem, não são de minha exclusiva autoria, tendo sido criadas em conjunto com o grupo do curso Adobe Illustror CS4 - Módulo I, na Impacta Certificação e Treinamento, realizado de 05/07 a 12/07/2010.

Curso de Excel

Acho que esse pode ser considerado meu primeiro trabalho de fato. Quando um ex-colega de classe me pede para ajudá-lo a elaborar um cartaz para um curso da faculdade, eu me proponho a fazer o cartaz por inteiro. O resultado, você confere abaixo:

Imagem: Cartaz para um curso de Microsoft Excel
Softwares utilizados: Illustrator, InDesign, SWF Decompiler e Flash Professional
Cliente: Metas Consultoria Júnior
Desafio: Elaborar um cartaz para um curso de Microsoft Excel
Proposta: A Metas Consultoria Júnior é a empresa júnior da Engenharia Mecânica da UFC. Mais focada em consultoria e controle de qualidade, dessa vez o empreedimento foi um pouco diferente, um curso de Microsoft Excel. Apesar da empresa ser originária da Engenharia Mecânica, o curso tem como público-alvo os alunos de todas as engenharias.
A imagem de fundo foi fornecida pelo cliente (este procurava uma imagem que representasse todas as engenharias, não só a mecânica, logo, uma blueprint se mostrou a imagem ideal). A imagem original pode ser encontrada aqui.
Em seguida, foi escolhido uma imagem vetorial do símbolo do Excel, e extraídos os Swatches (cores e gradientes utilizados na imagem) pelo Illustrator. Um dos gradientes foi aplicado por cima da imagem de fundo, para aumentar a suavidade na combinação das cores, enquanto um tom mais escuro foi escolhido para as caixas de texto (nesse caso, foi aplicado um gradiente do tom escolhido para o transparente). A fonte escolhida para o título do cartaz foi a MS Reference Sans Serif, a mesma fonte utilizada pela Microsoft como logotipo dos produtos da suite Office 2007 (da qual faz parte o software do qual trata o curso).
As imagens do programa em funcionamento foram tratadas pelo efeito 3D Rotate, do Illustrator, e posteriormente exportadas para o InDesign onde, em conjunto com o símbolo do Excel, receberam o efeito Drop Shadow. Por fim, a logomarca da empresa foi retirada de um arquivo em Flash, no site da mesma, tratada no Illustrator e exportada para o InDesign. No briefing foi repassado quais informações deveriam constar no cartaz, porém não as informações em si, então um pouco de texto falso ajudou a ter ideia de como ficaria o cartaz, uma vez que fossem adicionadas essas informações.

Pixel art: fazendo muito com muito pouco

O post de hoje é um pouco diferente. Apesar de não fugir do design gráfico, mostra um tipo de arte muito pouco valorizada (e muito pouco conhecida), mas muito trabalhosa e que dá muito orgulho a seus praticantes: a pixel art.
Explicação básica sobre pixel art:
1 - Todo o seu trabalho deve ser feito pixel por pixel. Ferramentas que criem efeitos automaticamente, como mudar a cor com Recolor Artwork ou Hue/Saturation não são aceitos.
2 - Devem ser usados, preferencialmente, poucos tons diferentes de cor. Se você escolhe usar 12 tons de cor para o seu trabalho, TODO o seu trabalho deve usar SOMENTE aqueles 12 tons.
Sem mais delongas, vamos à imagem:

 

Imagem: Pixel Art - Alfa Romeo Brera

Software utilizado: Paint (sim, aquele Paint de desenhar casinhas!)

Cliente: -

Desafio: Criar um modelo do Alfa Romeo Brera utilizando pixel art

Proposta: Obviamente, nada desse trabalho saiu do zero. As imagens a seguir foram utilizadas como referência para a criação do desenho:

 

Uma pequena explicação sobre o trabalho: Como dito acima, na pixel art você deve somente utilizar os tons que se propôs a usar, e nada mais. No canto superior direito da imagem, eu listo os tons usados (pouco mais de 20 para a carroceria, na primeira linha; mais alguns para os tons de cinza - vidros, rodas, faróis, etc - na segunda linha; e os tons usados para as lanternas na última linha). Exceto a logomarca da Alfa Romeo (que não foi alterada do arquivo original), absolutamente tudo na imagem utiliza os tons listados, mais branco e preto absolutos.

Alguns outros exemplos de pixel art (não de minha autoria):

 

Autor: desconhecido
 

Autor: Nasc

Embora tenha caído em desuso nos últimos anos, o design em pixel art ainda mantém adeptos entre profissionais e amadores, principalmente por dois motivos:

1 - É um ótimo hobby e terapia. Uma rápida busca no DeviantArt revela dezenas de pixel artists ativos mundo afora. Mais: ao ver seu trabalho pronto e reconhecido, ver como as pessoas se impressionam com os mínimos detalhes que você representou no seu trabalho, o orgulho que se sente é indescritível. E penso ser algo muito mais natural e admirado do que aplicar dezenas de efeitos e filtros sobre uma foto pelo Photoshop.

2 - Ainda há mercado. Apesar do crescimento dos gráficos 3D, diversas plataformas de jogos (em especial as móveis, como celulares e video-games portáteis) ainda utilizam sprites de pixel art nos seus títulos. Um ótimo exemplo é o extremamente popular misto de jogo on-line e rede social Habbo, que é completamente feito em pixel art. Com a habilidade e paciência de um bom pixel artist, você consegue criar desenhos com um carisma que não se vê na artificialidade de jogos com gráficos 3D extremamente elaborados, mas sem um pingo de simpatia ou personalidade.

Um pouco mais sobre pixel art (com alguns ótimos exemplos) pode ser visto aqui (blog Novo Inkart) e aqui (Wikipédia - em inglês).

Vai um taco?

Imagem: cartaz sobre o México
Software usado: InDesign
Cliente: -
Desafio: Criar um cartaz sobre artes no méxico
Proposta: Partiu-se de um modelo préestabelecido. O layout básico foi fornecido. Fotos posicionadas com o Place, depois foi aplicado Drop Shadow e modificada a transparência onde é mostrado na imagem. Caixa de texto criada com Rectangle, modificada a transparência e aplicado texto por cima. Título posicionado com Type On Path.

Jeans - design editorial

Esse é um trabalho do qual eu gosto muito. É simples, clean e direto.

Imagens: Matéria sobre jeans
Software usado: InDesign
Cliente: -
Desafio: Montar uma matéria de 4 páginas (duas páginas duplas) sobre jeans
Proposta: Ao contrário de outros exercícios do curso de InDesign, nesse os alunos não tiveram que seguir o modelo pronto, mas tiveram liberdade para montar a matéria. Deveria somente conter cabeçalho (sem o nome da publicação), título, subtítulo e legendas nas fotos.
Para o título foi usada máscara com Place (digitado o título, transformado em vetor, utilizada a ferramenta Place para selecionar uma figura de textura de jeans). Para a segunda página, figura com textura de jeans aplicada como marca d'água (utilizado Place para posicionar a figura, após isso foi movida para o fundo e teve sua opacidade reduzida), sendo a mesma ferramenta utilizada para o zíper entre a 3ª e a 4ª páginas. Nos cabeçalhos, foi utilizado também o fio, com a ferramenta Paragraph Rules. Por fim, "Nome do autor", também com Paragraph Rules, para diferenciar do resto da matéria. No corpo da matéria, foi utilizado Fill With Placeholder Text para criar o texto falso.

Quase-fotorrealismo: tucano

Não tem nada a ver com o PSDB. Esse foi só o meu primeiro exercício de fotorrealismo no curso de Illustrator.
A primeira imagem é a original, a segunda um mix e a terceira, a versão final. A segunda é só para ter uma ideia melhor do nível de detalhamento da figura.

Fiz também uma gifzinha tosca pra mostrar a diferença, mas a qualidade ficou baixa. Em todo caso, lá vai:

Imagens: Tucano
Softwares usados: Illustrator/Photoshop
Cliente: -
Desafio: Exercício básico de fotorrealismo
Proposta: Utilizando-se das técnicas de malha no Illustrator, foi feito um redesenho do bico do tucano. Após isso, com a ferramenta Gradiente e a mescla por escurecimento (ambas no Photoshop), foram unidas as duas imagens, para se mostrar de maneira mais eficaz a comparação entre a foto real e a tratada.

O retorno de Jedi

É, voltei com o blog. Mas bem diferente, de antigo só ficou o layout, não tive paciência pra mudar. Agora esse vai ser meu portifólio virtual. Sem mais delongas, primeira postagem:


Vou ser bem prático na rotulação das imagens, todos os posts seguirão esse padrão.

Imagem: Logo conceito para meus trabalhos como freelancer
Software usado: Illustrator
Cliente: eu (?)
Desafio: Elaborar uma logomarca (há!) que me identificasse bem, fosse descontraída e atendesse aos critérios do mercado de trabalho.
Proposta: Moicano azul. A parte boa de se trabalhar com publicidade e design em geral é que esse não é um ramo que exige tanta sobriedade chata (vide o site da Bolero Comunicação). Contanto que você faça o trabalho bem feito e tenha retidão de caráter, não importa se tem 20 piercings na cara, uma tatuagem do Mario ou... Um moicano azul. Pelo contrário, essa descontração é estimulada, pois ela colabora com a criatividade dos funcionários, algo essencial nesse ramo. Não é raro ver agências de publicidade com video-games, adesivos engraçados nas paredes, entre outras coisas. Tudo para fazer o ambiente de trabalho parecer o mínimo possível com um ambiente de trabalho. E, se for julgar pelo meu moicano azul, isso não é um problema de modo algum:


Daqui a pouco tem mais uma postagem, vou dar uma caprichada nesse (re)começo de blog.