sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Narguilé (ou: pra que usar AutoCAD ou 3DStudio quando você tem Illustrator)

Esse trabalho é bem diferente dos tradicionais. Mescla um pouco das minhas habilidades como ex-graduando de engenharia e as de designer gráfico.
Uma coisa bem bacana do Illustrator é que, com ele, você pode fazer alguns efeitos básicos em 3D. Uma das máximas irônicas do design é "Se você não consegue fazer bonito, faça em 3D. Alguns exemplos de logos em 3D são o do Google Chrome e o do VLC Media Player.
Porém, alguns trabalhos mais simples podem, como eu disse, ser feitos pelo Illustrator. A ideia abaixo mostra um objeto que, com linhas simples, pode render um trabalho muito bonito.
Apresento-lhes: o narguilé.

Imagem: Narguilé
Software utilizado: Illustrator
Desafio: Elaborar o desenho de um narguilé
Proposta: Primeiro pensei em fazer o narguilé em fotorrealismo. Uma vez que a superfície transparente do vidro tornaria as coisas bem mais difíceis, e que fotorrealismo não é o meu forte, resolvi brincar um pouco com as capacidades 3D do Illustrator. Basicamente separei as peças em formas e fui elaborando um desenho para aplicar o revolve. O depósito de cerâmica para o fumo, o prato coletor de cinzas, a superfície externa do cano de ligação entre a água e o fumo... E por aí vai. Para o respirador e os bicos, usei o revolve também, do mesmo jeito, porém, tive que encaixá-los propriamente na base metálica e na mangueira. Por falar na mangueira, ela foi o maior trabalho desse projeto: cada segmento azul e marrom é um símbolo, e quem já trabalhou com Illustrator a fundo sabe o horror que é lidar com diversos símbolos de uma vez, ainda mais se forem dezenas. No final da mangueira, abri mão dos símbolos, uma vez que precisaria rotacionar cada segmento corretamente, para que a mangueira se encaixasse no bico. Isso inflacionou ainda mais o tamanho do arquivo, e aumentou a lentidão do computador na hora de trabalhar.
Depois de alguns dias trabalhando no narguilé, e especialmente na mangueira, cansei do projeto e engavetei-o. Depois, resolvi retomá-lo, especialmente para o blog.
Próximo passo: vendê-lo por um preço milionário a uma empresa multinacional de narguilés. Ou não.

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